Você sabe o que está por trás do comportamento de uma compradora compulsiva?
Primeiramente, vou começar com o exemplo de duas personagens, um pequeno caso.
No primeiro, temos a Camila. Quando ela recebe o seu salário, o primeiro pensamento que vem à sua cabeça é: “Preciso ir ao shopping comprar aquela blusa que está em promoção, tá tão barata!”
No segundo, a Fernanda. Ela está triste, ressentida e se sentindo sozinha. Afinal, o seu casamento já não é mais o mesmo e a distância entre ela e seu marido aumenta a cada dia.
Por causa disso, toda vez que ela se sente desse jeito, o seu impulso em comprar maquiagem toma conta dela.
Normalmente, ela diz a si mesma: “Nada como uma boa compra para levantar o meu astral! Deixa ver o que tem de lançamento em maquiagem.”
Tenho certeza, que não preciso dizer que o armário da Camila está abarrotado de roupas. Além. disso, muitas ainda estão com etiquetas e tantas outras que ela sequer lembra que existem.
Quanto à Fernanda, sua gaveta de maquiagem e mais tantas outras necessaires, estão repletas de produtos e maquiagens que ela não dá conta de usar. Dessa maneira, ela tem muito produtos fora da validade.
Talvez, esses tipos de comportamentos que eu citei não sejam familiares para você.
Ou talvez, você tenha se identificado ou até tenha outro comportamento semelhante.
Como saber se você está comprando muito mais do que de fato necessita?
Antes de mais nada, a importância de eu trazer este assunto à tona, está ligada a minha profissão, como Personal Organizer.
Inegavelmente, muitas mulheres me procuram por estarem desesperadas atrás de uma solução para o bagunça causada pelo excesso de coisas.
Logo no primeiro atendimento, quando vou fazer um mapeamento desta cliente em potencial, procuro colher todas as informações acerca dos seus hábitos, preferências e rotina.
Porém, talvez, por se sentirem à vontade comigo, acabam relatando o seu comportamento compulsivo em comprar.
De maneira alguma, como profissional que sou, estou numa postura de julgar, de criticar ou de condenar.
Perfeitamente, sei que este comportamento – ter muitas coisas – não mostra as verdadeiras razões para a sua desordem, para o seu acúmulo de coisas.
Existem outros fatores que estão por trás deste comportamento.
Você alguma vez já se fez essas perguntas?
- Por que eu compro?
- Por qual razão eu compro em excesso?
- De onde vem essa urgência em comprar?
- O que me faz comprar, mesmo quando deixa de fazer qualquer sentido?
O que significa ser uma compradora compulsiva?
Todo mundo compra, isso já sabemos.
Já que, desta forma, suprimos as nossas necessidades como comida, roupa ou outras coisas.
E mais do que nunca, comprar está muito mais fácil hoje em dia.
Porém, quando o ato de comprar se torna compulsivo?
A compradora compulsiva tem um desejo incontrolável em compra, no que resulta em despender grande quantidade de tempo e dinheiro nesta atividade.
Geralmente, a pessoa que compra compulsivamente anseia em fazer isso em resposta as emoções negativas.
Como resultado desse comportamento, frequentemente tem problemas nos seus relacionamentos e com a suas finanças.
Segundo a psicóloga americana, April Lane Benson, dois fatores principais explicam muito sobre esse comportamento compulsivo em comprar.
Primeiro, praticamente todos os compradores compulsivos sofrem de uma baixa autoestima crônica e são inseguros. Além de terem grandes dificuldades em gerenciar seus sentimentos.
Como consequência, essas pessoas são propensas em fantasiar sobre o que as suas compras farão por elas e, frequentemente, enxergando-as como um prêmio para se sentirem melhores sobre si próprias e serem mais desejáveis para as outras pessoas.
O segundo fator diz respeito a como as compradoras compulsivas tendem a pensar nas suas vidas e como elas definem felicidade.
Ela diz que o dinheiro e coisas materiais são fundamentais à sua compreensão de ter uma vida boa.
De fato, a maioria destas pessoas faz do ato de comprar ou ter o objetivo central que movem as suas vidas. Como se isso fosse a rota para a felicidade e o sucesso.
Por isso, as coisas materiais se tornam o critério na qual medem o seu próprio valor e dos outros.
Novamente, cabe aqui ressaltar que ninguém deseja ter este comportamento, ninguém anseia em viver uma vida onde os impactos negativos na vida são grandes.
Como toda compulsão, merece atenção, respeito e compaixão.
Seja você uma compradora compulsiva ou se você conhece alguém que tem este comportamento, existe uma variedade de recursos para ajudar e apoiar.
O papel da Personal Organizer contribui no sentido de levar a organização para os seus espaços e ajudar, reforçando o processo de transformação dos seus hábitos e comportamentos, junto ao profissional da área de saúde.
Espero que tenha gostado deste artigo e que compartilhe com quem precisa de ajuda.
Caso você queira uma ajuda personalizada, pode falar comigo por email ou Whatapp.
Até breve!
Beijos,
Cintia
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