Você tem dificuldades em tomar uma decisão?
Ter que escolher entre alguma coisa faz com que você se sinta sobrecarregada mentalmente?
Vou ilustrar a seguir, uma situação básica do nosso cotidiano.
Você entra em uma loja de roupa ou de sapatos e se depara com uma variedade de produtos.
Quando você foi até a loja, você tinha um objetivo em mente.
Assim, já sabia que queria comprar um novo sapato para o trabalho.
No entanto, ao entrar na loja você se pergunta: mas qual escolher? Qual ficará melhor em mim?
Vendo esse exemplo, isso te soa familiar?
Se sim, fique comigo até o final deste post para aprender a pensar com clareza e escolher tranquilamente, mesmo com seu o déficit de atenção.
Primeiramente, é importante que você saiba que um adulto com TDAH tem uma linha de raciocínio diferente.
No livro “The Gift of Adult ADD”, da autora Lara Honos, ela observa que os adultos com TDAH frequentemente tomam decisões de uma maneira muito rápida quando estão no calor do momento. Logo, são muito habilidosos em tomar uma decisão quando as situações são urgentes.
Mas por que isso acontece?
Porque quando algo precisa ser decidido urgentemente, como se fosse vida ou morte, os neurotransmissores se acendem no cérebro da pessoa que tem TDAH, aumentando assim o seu foco.
Mas, quando tomar uma decisão quando não é algo urgente?
Pois é… É ai que mora o desafio!
Decisões comuns, típicas do dia a dia, exigem que a sua mente tome eternas escolhas.
O que é fácil para os outros, é um desafio para você. Parece um bicho de sete cabeças, não é verdade?
De fato, é um processo difícil, pois exige o uso das funções executivas do cérebro.
Elas são como um andaime numa construção: dão apoio aos operários, às ferramentas e à toda variedade de atividades para construir um edifício. Em outras palavras, são as funções executivas que auxiliam o processo de decisão.
Muitas pessoas com TDAH têm dificuldade em estabelecer uma conexão com essas funções.
Desse modo, é natural que você não queira parar muito para pensar no que fazer, o que resulta em decisões impulsivas ou até mesmo desistindo delas.
Percebo este comportamento em muitas de minhas clientes quando estamos na fase do descarte, num projeto de organização: a indecisão se instala no momento de decidir o que manter e o que deve partir.
Normalmente, elas acabam recorrendo ao hábito de não se desfazer de nada ou impulsivamente se desfazer de tudo, exatamente por não conseguirem fazer uma escolha.
O que eu quero que você entenda aqui, é que você não precisa recorrer ao extremismo, ao tudo ou nada.
Vamos às ferramentas práticas para você clarear a cabeça na hora de decidir.
1. LIMITE AS SUAS OPÇÕES
Você sabia que a palavra decidir vem do latim?
Pois bem, decidir no latim é DECIDERE, que significa cortar fora qualquer outra possibilidade.
Assim, na hora de decidir sobre algo, limite as suas escolhas.
Por exemplo: se for procurar um hotel para as suas férias, ponha um limite de preço, de distância dos lugares que deseja visitar e de tarifas adicionais. Uma vez estabelecido o seu critério de escolha, não será preciso olhar as outras opções.
2. PRESTE ATENÇÃO À SUA INTUIÇÃO
Estudos mostram que um tempo antes do seu lado racional aparecer, o seu lado emocional já sinaliza o caminho que você deve tomar.
Consulte o seu coração. Boas decisões são sempre um misto de lógica e emoção.
3. ACALME OS ÂNIMOS
Barulho, bagunça e muita agitação sobrecarregam um cérebro com TDAH, te deixando atordoada e dificultando a tomada de decisões.
Por isso, é essencial que você encontre um local tranquilo para pensar.
4. ESTABELEÇA UM PRAZO PARA DECIDIR
Coloque uma data limite para tomar uma decisão, especialmente se já não existir uma data prevista.
Para que você não esqueça, anote essa data no seu calendário ou agenda. Além disso, você pode escrever em um post-it ou em vários e colocar nos lugares que você sempre passa.
Ter uma dia certo aumenta o seu foco e motivação para tomar pois não há tempo ”sobrando”.
5. ESCREVA OS PROS E CONTRAS NUM PAPEL
Caso você já tenha uma provável decisão em mente e esteja em dúvida se ela é boa ou não, anote num papel os pontos positivos e negativos.
Dessa maneira, você será capaz de avaliar os ganhos e as perdas.
E aí, gostou das estratégias? Qual você colocará em prática?
Se gostou desse artigo e acredita que ele possa ajudar uma amiga, compartilhe com ela!
Até breve!
Beijos
Cintia
Hey,
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