No meu trabalho como profissional de organização, percebi uma grande procura por parte das pessoas que se intitulam de “acumuladoras”, pedindo ajuda.
Aliás, a maioria não sabe o que fazer e já tentaram sozinhas lidar com o problema do acúmulo.
Quando falo de acúmulo, não me refiro à um armário ou closet abarrotados de roupas, sapatos e bolsas.
Mas sim, de uma casa inteira repleta de pertence, onde cada cômodo já perdeu a sua função.
Esta é uma realidade para muitos profissionais como eu. Talvez uns não gostem e muito menos desejam lidar com este tipo de problema.
De qualquer forma, não há como não ficar ciente de que mais cedo ou mais tarde, poderá se deparar com isso.
Contudo, este problema exige muita sensibilidade e compaixão por parte do profissional.
Atualmente, estou lendo um livro em inglês que se chama: “The Secret Lives of Hoarders”, que traduzindo significa, A Vida Secreta dos Acumuladores.
Da mesma forma que profissionais de outras áreas precisam estar sempre estudando e buscando novas informações, eu também preciso.
Acredito que muitos não saibam, mas eu sou espírita.
Não pretendo aqui de forma alguma, convencer ninguém sobre as minhas crenças ou naquilo que acredito. Porém, quero trazer uma reflexão maior acerca do transtorno de acumulação.
Pesquisa
O pesquisador David Tolin, da Escola de Medicina da Universidade de Yale, quis descobrir o que acontece no cérebro das pessoas que acumula. Para isso, ele usou imagens obtidas através da ressonância magnética.
Nesse estudo, que foi publicado no General Psychiatry, foi analisado o cérebro de 43 adultos já diagnosticados com o transtorno, outros 31 com transtorno obsessivo-compulsivo (o famoso TOC) e 33 pessoas “saudáveis”.
Eles queriam analisar como iriam reagir tendo que tomar decisões.
Por isso, cada um teve que levar uma pilha com diversos papéis que estava em sua casa, como jornais e correspondências velhas.
Além dos seus próprios papéis, os pesquisadores levaram para essas pessoas outros papéis que não pertenciam a nenhum deles.
Cada participante foi exposto a esses dois grupos de papéis tendo que decidir o que ia fazer com cada um. Para isso, bastava que eles apertassem em um dos botões. Assim sendo, o botão se queriam guardar ou se poderia ser jogado fora.
Os resultados
As pessoas “saudáveis” escolheram descartar uma média de 40 dos 50 itens que haviam levado. Já as que tinham TOC, jogaram fora cerca de 37 itens.
Porém, as pessoas afetadas pelo transtorno de acumulação só descartaram cerca de 29 dos 50. Além de terem levado mais tempo para tomar uma decisão e apresentarem bem mais ansiedade, indecisão e tristeza do que os outros dois grupos.
Além disso, os exames de ressonância magnética mostraram que os que acumulam têm diferenças importantes no cérebro que estão ligadas à avaliação de riscos, importância de estímulos e decisões emocionais.
Portanto, quando estavam decidindo o que fazer com os itens que não eram deles, mostravam uma atividade mais baixa em certas regiões. Mas a história se invertia quando de tratava dos seus próprios pertences.
Nesse caso, a atividade subia para níveis muito mais elevados em comparação com os outros grupos. Isso, de acordo com os pesquisadores, pode dificultar o processo de tomada de decisões, levando à uma maior sensação de incerteza perante o resultado da sua decisão.
Assim, a conclusão foi a que essas pessoas não necessariamente precisam manter o que têm porque amam aqueles objetos.
Na verdade, elas apenas evitam decidir o que fazer por causa do medo extremo em tomar a decisão errada, por acharem que poderão precisar delas mais tarde.
Acumuladores e Doutrina Espírita
Na abordagem espírita considera-se que, apesar da dificuldade ser observada no cérebro físico, não é nele que ela reside.
Mas sim, no espírito que já vivenciou inúmeras outras encarnações e que, em decorrência das experiências que vivenciou, desenvolveu a dificuldade em questão.
Como o espírito forma o corpo físico ao longo da encarnação, até mesmo durante a gestação, imprime nele as dificuldades que deverão ser trabalhadas.
Desta forma, pode-se compreender o motivo pelo qual as enfermidades em geral são percebidas no corpo.
O tratamento médico é sempre necessário, já que o corpo traz a sequela.
Todavia, o espírito também deverá ser tratado adequadamente para a sua reabilitação.
Assim sendo, o tratamento espiritual em uma casa espírita alinhada com os ensinamentos apresentados na Codificação Kardequiana e a frequência em estudos serão ferramentas imprescindíveis para a transformação pessoal e, consequentemente, o tratamento definitivo.
Quem acumula pode eleger qualquer coisa para acumular, desde roupas, comida, jornais, livros e até animais.
Bem, espero que tenham gostado.
E deixem aqui seus comentários, sugestões ou dúvidas. Será um prazer ouvir você.
Beijo
Cintia
Hey,
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olá, Boa tarde ! Na paz. Sou Lucian Lima, estudante dos Cursos Técnico em Vigilância em Saúde e Especialização em Vigilância em Saúde Ambiental. E estou desenvolvendo pesquisas na área de Resíduos sólidos, Educação em Saúde Ambiental e Situação de Acúmulo, (separando do transtorno de Acumulação DSM-5 por que são situações distintas). Mas, é a primeira vez que vejo alguém dizer que pode ter influencia de vidas passadas. gostaria de conversar mais sobre este ponto.
OI, Luciana! Tudo bem?
Fico feliz que tenha interesse sobre esse assunto. Me diga como gostaria de conversar,ok? Fico no aguardo! Abraços,
Cintia